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quarta-feira, 2 de abril de 2014

Flamengo x Atlético PR, uma noite memorável

Priscila Ludolf
Crônica

Nunca me baseei na raça de um jogador para admirá-lo, outros atributos me pareciam mais interessantes, confesso. Para mim, ao fim de um jogo, tanto fazia se fulano havia desarmado quinhentas vezes o meio-campo adversário ou se havia cumprido, com correção, sua função tática, acertando todos os passes realizados.
 
Porém, após algumas semanas, assistindo aos diversos jogos, admito: como fui insensível! Como pude não me fascinar com a beleza do compasso daquele atleta que passa "89" minutos desaparecido em campo e, no último da partida, acerta um voleio no ângulo e dá a vitória à sua equipe? É a genialidade, a antevisão, o improviso, o espetáculo!

Foi esse o cenário que coroou a noite desta quarta-feira. Nos últimos instantes, sofridos, gritados, o time adversário assistiu, a contragosto, ao findar de suas esperanças. Estava escrito o destino Rubro-Negro na Copa do Brasil. Primeiro Elias, depois Hernane. Dois gols, e a vitória. Para a  eternidade, o registro de um dos momentos em que o atleta transcende o meramente técnico. Entusiasmados, divinizados, tocados pela torcida e pela inspiração.

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