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quarta-feira, 18 de junho de 2014

Crítica do filme A face do mal



Por Alex Velozo e Tayssa Costa

Como todo filme de terror, A Face do Mal mostrou não ser tão mal assim. Predomina-se o clichê do início até o fim. Romance adolescente, casa mal- assombrada, histórico de família morta e jogos de evocação dos espíritos. O filme do estreante diretor Mac Carter estreou na última quinta–feira dia 12 de Junho em todas as salas de cinema do Brasil. O longa conta a história de um casal que perdeu os três filhos, aparentemente de forma cruel. Na sequência, o pai também morre, deixando a mulher sozinha que decide se mudar de casa. Logo depois, uma nova família se muda para essa mesma casa também com três filhos, que acha que é uma excelente ideia se mudar para uma casa no meio do nada com uma história sombria por trás.

O jovem Evan Asher (Harrison Gilbertson ) conhece sua vizinha Sam (Liana Liberato), uma garota bonita e que tem problemas com seu pai bêbado. Os dois utilizam uma caixinha que pode se comunicar com os mortos, a partir dai surge uma sucessão de aparições bizarras de fantasmas na casa. O filme deixa claro que houve um investimento modesto para a trama, efeitos amadores e ângulos simples de câmera deixam isso bem claro. O diretor não soube prender a atenção do público e muitas vezes algumas cenas ficam confusas e difíceis de entender. A própria trama do filme não ficou muito clara, fazendo com que o espectador tenha que fazer suposições sobre a história do filme.

Vale ressaltar que com todos os problemas, o filme apresenta um excelente trabalho de fotografia, investindo em planos detalhes e em tomadas cinzentas. Traz em vários momentos um cenário propício para deixar aquele clima de medo e terror com uma boa dose de suspense. Porém peca e muito no quesito efeitos especiais, em alguns momentos beira o amadorismo cinematográfico. Os atores não chegam a ser ruins, mas também não empolgam no sentido de se destacarem, com exceção para os protagonistas Harrison, Liana e para a Médica Viúva (Jacki Weaver indicada ao Oscar por O Lado Bom da Vida).

A Face do Mal cumpre o que promete, alguns momentos de sustos com um pouco de suspense e só. Não espere muita coisa, além disso, é o tipo de filme que você verá somente uma vez para nunca mais, e da maneira que termina provavelmente não deve ganhar uma possível continuação. O final do filme é bem decepcionante, o romance dos jovens protagonistas salva a trama de ser um fracasso total, já que eles demonstraram boa química e atuação, formando um casal bonito de se assistir e torcer durante a trama. Percebendo isso o diretor investiu em cenas mais quentes entre eles, situação pouco comum quando são adolescentes em cena.

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